Depois de conquistar o tricampeonato mundial da World Surf League (WSL), o brasileiro Gabriel Medina optou por abrir mão das primeiras etapas do Championship Tour 2022, no Havaí, para cuidar da saúde mental e física.
“Foi um ano incrível pra mim. Conquistei meu maior sonho como surfista, que era me tornar tricampeão mundial. Era uma parada intocável pra mim. No ano passado, vivi uma montanha russa de emoções dentro e fora da água, o que afetou muito minha saúde mental e física. Ao fim da temporada, eu estava completamente esgotado. Cheguei no meu limite”, conta Medina.
“Tomei minha vacina durante as férias e achei que ia conseguir me preparar a tempo para a primeira etapa da nova temporada, que começa em um dos meus picos favoritos no mundo, Pipe. Não foi o caso. Decidi que não viajarei para o Hawaii e vou tirar um tempo para que eu possa me recuperar mental e fisicamente. Estou com uma leve lesão no quadril que venho tratando desde o fim do ano passado”, continua o tricampeão.
“Somado ao corpo, tenho questões emocionais que estou precisando lidar. Venho de meses muito desgastantes. Reconhecer e admitir para mim mesmo que não estou bem vem sendo um processo muito difícil, e optar por tirar um tempo para me cuidar foi talvez a decisão mais difícil que já tomei em toda a minha vida. Me questionei muito nos últimos tempos se deveria tornar isso público ou manter de forma privada, mas é justo que todos vocês que sempre torceram por mim saibam do momento que estou enfrentando. A saúde mental é muito importante. Preciso estar 100% mentalmente para voltar a competir. Voltarei mais forte. Amo vocês e obrigado por tudo”, conclui o atleta.
Com a ausência de Medina, as baterias do Billabong Pro Pipeline foram novamente modificadas pela WSL. O brasileiro será substituído pelo compatriota Caio Ibelli.
A Liga já havia alterado todas as baterias nesta segunda-feira (24), depois da lesão do australiano Ryan Callinan, que sofreu uma fratura no pulso.
No lugar de Callinan entrou o havaiano Ivan Florence, irmão do bicampeão mundial John John Florence, defensor do título da prova. Em dezembro do ano passado, Ivan ficou em terceiro lugar no QS disputado em Pipe, atrás do irmão John John e do também local Barron Mamiya.
A janela de espera começa no dia próximo dia 29 de janeiro e vai até 10 de fevereiro.
Ao todo, nove brasileiros disputam a competição – oito na categoria masculina e uma na feminina. Confira mais detalhes em nossas próximas atualizações.
Atenção: É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, sem autorização escrita da IF15 Sports ou AOS Mídia.
Round 1 masculino
1 Jordy Smith (Afr), Ezekiel Lau (Haw) e Owen Wright (Aus)
2 Griffin Colapinto (EUA), Liam O´Brien (Aus) e Matthew McGillivray (Afr)
3 Morgan Cibilic (Aus), Connor O´Leary (Aus) e Caio Ibelli (Bra)
4 Conner Coffin (EUA), Jake Marshall (EUA) e Barron Mamiya (Haw)
5 Italo Ferreira (Bra), Callum Robson (Aus) e Miguel Tudela (Per)
6 Filipe Toledo (Bra), Samuel Pupo (Bra) e Ivan Florence (Haw)
7 Kanoa Igarashi (Jap), Seth Moniz (Haw) e Carlos Muñoz (Cri)
8 Frederico Morais (Por), Miguel Pupo (Bra) e Jackson Baker (Aus)
9 John John Florence (Haw), Jadson André (Bra) e João Chianca (Bra)
10 Jack Robinson (Aus), Kelly Slater (EUA) e Lucca Mesinas (Per)
11 Kolohe Andino (EUA), Ethan Ewing (Aus) e Imaikalani deVault (Haw)
12 Leonardo Fioravanti (Ita), Deivid Silva (Bra) e Nat Young (EUA)
Round 1 feminino
1 Sally Fitzgibbons (AUS), Courtney Conlogue (EUA) e Molly Picklum (AUS)
2 Tatiana Weston-Webb (BRA), Gabriela Bryan (HAV) e Malia Manuel (HAV)
3 Carissa Moore (HAV), Brisa Hennessy (CRI) e Moana Jones (HAV)
4 Johanne Defay (FRA), Isabella Nichols (AUS) e Luana Silva (HAV)
5 Stephanie Gilmore (AUS), Tyler Wright (AUS) e India Robinson (AUS)
6 Caroline Marks (EUA), Lakey Peterson (EUA) e Bettylou Sakuyra Johnson (HAV)
Leia também:
Veja os melhores momentos do Tour em 2021
Memórias de um ano marcante para o surf brasileiro
Um novo capítulo na história do surf brasileiro
Ver essa foto no Instagram
