O CARDÁPIO DOS TOPS EM MARGARET RIVER

Main Break, Circuito Mundial de Surf, World Surf League, WSL, Margaret River, Western Austrália. Foto: WSL / Cestari
Surfers Point é o pico principal do Margaret River Pro. Foto: WSL / Cestari

As volumosas ondas de Surfers Point e os tubos sinistros de The Box são os picos que podem receber a próxima etapa do Championship Tour 2021, marcada para acontecer a partir deste domingo, em Margaret River, no oeste australiano. As direitas do pointbreak de North Point não fazem parte das opções disponíveis para a World Surf League (WSL) promover a competição, válida como quarta etapa do circuito mundial.

Também conhecido como Surfers Point, o Main Break de Margaret costuma funcionar melhor com ondas de 4 a 15 pés e swell dos quadrantes sul, sudoeste e oeste / sudoeste. O vento ideal sopra de leste ou sudeste.

A esquerda tende a ser mais extensa e, em algumas situações, oferece seções tubulares. Há uma perigosa bancada de pedra mais ao inside chamada de Surgeon’s Table (Mesa de Cirurgião). Em uma competição disputada em 1989, um local chamado Creed Barnes teve a sua cordinha enroscada nessas pedras e acabou se afogando. Há um monumento em sua homenagem no topo da escada que liga o estacionamento à areia.

Nos anos 90, surfistas como Taj Burrow e Jake Paterson tornaram a direita do pico cada vez mais popular, por ser uma oportunidade mais rápida de pontuar nas baterias. As direitas geralmente são mais curtas e com seções mais críticas. Quando o vento fica ideal elas, os aéreos se tornam uma arma mortal, como mostrou Josh Kerr em uma histórica final contra Taj no QS em 2010.

As direitas costumam sair de cena quando as ondas ultrapassam os 3 metros em Margaret. Acima de 10 pés, a situação costuma ficar fora de controle, extremamente perigosa. São poucos os surfistas que se aventuram em Margaret quando as ondas quebram na faixa dos 12 a 15 pés.

Owen Wright, The Box, Swell, Circuito Mundial de Surf, World Surf League, WSL, Margaret River, Western Austrália. Foto: WSL / Cestari
Owen Wright em uma bomba na rasa bancada de The Box, pico alternativo da etapa. Foto: WSL / Cestari

The Box

A opção alternativa para sediar as baterias é The Box, situada a cerca de 800 metros à direita de Surfers Point. As direitas tubulares costumam quebrar sobre a rasa bancada quando o swell oferece ondas de 4 a 8 pés com direção de oeste / sudoeste ou apenas de oeste. O melhor vento é de leste e a maré de intermediária a cheia fica mais propícia para o show. À medida em que a maré seca, os tubos costumam fechar cada vez mais, já que as pedras vão ficando expostas.

Confrontos definidos

As baterias da primeira fase já foram divulgadas pela World Surf League. O atual campeão mundial Italo Ferreira está escalado na sexta bateria junto com os locais Jack Robinson e Jacob Wilcox, vencedor da triagem de Western Australia. Já o novo líder do ranking, Gabriel Medina, estreia contra o compatriota Adriano de Souza e o local Cyrus Cox, vice-campeão da triagem.

Round 1

1 Kanoa Igarashi (JAP), Seth Moniz (HAV) e Alex Ribeiro (BRA)
2 Filipe Toledo (BRA), Peterson Crisanto (BRA) e Connor O´Leary (AUS)
3 John John Florence (HAV), Michel Bourez (FRA) e Mikey Wright (AUS)
4 Jordy Smith (AFR), Jadson André (BRA) e Reef Heazlewood (AUS)
5 Italo Ferreira (BRA), Jack Robinson (AUS) e Jacob Wilcox (AUS)
6 Gabriel Medina (BRA), Adriano de Souza (BRA) e Cyrus Cox (AUS)
7 Conner Coffin (EUA), Wade Carmichael (AUS) e Matthew McGillivray (AFR)
8 Griffin Colapinto (EUA), Jack Freestone (AUS) e Leonardo Fioravanti (ITA)
9 Ryan Callinan (AUS), Morgan Cibilic (AUS) e Adrian Buchan (AUS)
10 Frederico Morais (POR), Julian Wilson (AUS) e Miguel Pupo (BRA)
11 Jeremy Flores (FRA), Owen Wright (AUS) e Deivid Silva (BRA)
12 Yago Dora (BRA), Caio Ibelli (BRA) e Ethan Ewing (AUS)