A INCRÍVEL SEQUÊNCIA DE ITALO FERREIRA

Italo Ferreira, Rip Curl Newcastle Cup 2021, Merewether Beach, Austrália. Foto: WSL
Italo Ferreira coleciona cinco vitórias, dois vices e um terceiro lugar de outubro de 2019 pra cá. Foto: WSL / Dunbar

Um excelente terceiro lugar. Este foi o pior resultado de Italo Ferreira nas competições em que participou desde outubro de 2019 até agora. Desde então, foram 8 eventos – 5 deles válidos pelo Championship Tour, a divisão de elite do surf mundial, com cinco vitórias, dois vice-campeonatos e uma semifinal.

Não é à toa que o surfista de Baía Formosa (RN) é o atual campeão mundial e está de volta à liderança do Tour com o título da etapa em Newcastle, Austrália, no último fim de semana. Ele também será um dos representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Japão.

A incrível sequência de Italo começou com a final contra o local Jeremy Flores em Hossegor, França, em outubro de 2019. Em seguida, ele venceu duas provas consecutivas do Tour – Peniche (Portugal) e Pipeline (Havaí).

Italo Ferreira, Quiksilver Pro France 2019, Hossegor, França. Foto: WSL / Poullenot
A sequência de resultados brilhantes de Italo começou com o vice-campeonato em Hossegor, França, em 2019. Foto: WSL / Poullenot

Em 2020, o campeão ficou um longo tempo sem competir devido ao surgimento da pandemia da Covid-19. As competições voltaram em outubro, mas com eventos especiais da WSL, apenas para convidados. Sempre disposto a subir ao topo do pódio, Italo venceu o Onda do Bem em Ubatuba, viajou para Europa e voltou de lá com a vitória em Anglet, França, e o vice em Ericeira, Portugal, resultados que credenciaram o brasileiro como campeão da Euro Cup.

O Championship Tour retornou no fim do ano passado e foi aí que Italo teve o seu pior resultado da sequência, ficando com o terceiro lugar em Pipeline, competindo lesionado na semifinal contra Gabriel Medina.

Italo Ferreira, Billabong Pipe Masters 2020, Pipeline, Havaí. Foto: WSL / Bielmann
O terceiro lugar em Pipeline é o pior resultado de Italo Ferreira no Tour desde outubro de 2019. Foto: WSL / Bielmann

De volta ao topo

Agora, o campeão mundial começou a perna australiana com tudo, faturando a Newcastle Cup de forma incrível e voltando a liderar o ranking do Tour da WSL. Em uma final dramática, ele derrotou o compatriota Gabriel Medina e levantou a taça da segunda etapa da temporada.

Foram três confrontos brasileiros consecutivos no caminho rumo ao título. Antes, ele passou por Deivid Silva em uma bateria muito tensa nas quartas de final e depois levou a melhor contra Filipe Toledo na semi.

A partir desta sexta-feira na Austrália (noite de quinta no Brasil), ele terá mais um desafio pela frente: o Narrabeen Classic, etapa da elite mundial que acontece em North Narrabeen, na cidade de Sydney, até 26 e abril.

Italo Ferreira, Rip Curl Newcastle Cup 2021, Merewether Beach, Austrália. Foto: WSL / Dunbar
Na próxima etapa, Italo já pega duas pedreiras logo na estreia. Foto: WSL / Dunbar

Estreia casca-grossa em Narrabeen

Logo na estreia, duas pedreiras: o tricampeão Mick Fanning, que disputa a etapa como convidado, e outro australiano, Morgan Cibilic, que chega embalado pela excelente terceira posição obtida em Merewether Beach.

Além de Fanning, entram como convidados pela WSL os australianos Reef Heazlewood, Dylan Moffat e Mikey Wright.

As ausências novamente são os norte-americanos Kelly Slater e Kolohe Andino. Kolohe sofreu uma lesão no tornozelo, enquanto Slater optou por não viajar para a Austrália até o momento.

Janela de espera

O prazo para início da competição começa na sexta-feira na Austrália (noite desta quinta no Brasil) e uma ondulação mediana de sul / sudoeste pode encostar no primeiro dia da janela de espera do Rip Curl Narrabeen Classic. A previsão das ondas aponta condições bem pequenas pela manhã, com vento sudoeste (direção favorável), ficando maior à tarde, mas com formação prejudicada pela virada dos ventos para sul / sudeste.

No sábado, as condições devem ganhar mais pressão no decorrer do dia, com a ondulação ficando mais de sul e as séries chegando aos 2,5 metros de face. Os ventos variam entre maral e lateral, com intensidade moderada pela manhã e mais leve à tarde.

Outra ondulação de sul deve ser reforçada no domingo, mantendo a pressão durante boa parte do dia, diminuindo um pouco apenas no período da tarde. O vento terral é esperado durante a manhã, virando para um leve maral à tarde.

Na segunda, o swell diminui ainda mais, porém, com o vento terral deve fazer com que as condições fiquem ainda mais limpas.

A previsão oficial do Narrabeen Classic monitora também algumas ondulações promissoras de sul que podem quebrar entre os dias 21 e 23 da janela de espera, que vai até 26 na costa australiana.

Round 1 do Narrabeen Classic

1 Kanoa Igarashi (JAP), Yago Dora (BRA) e Connor O´Leary (AUS)
2 John John Florence (HAV), Frederico Morais (POR) e Alex Ribeiro (BRA)
3 Filipe Toledo (BRA), Adriano de Souza (BRA) e Mikey Wright (AUS)
4 Jordy Smith (AFR), Adrian Buchan (AUS) e Reef Heazlewood (AUS)
5 Gabriel Medina (BRA), Jadson André (BRA) e Dylan Moffat (AUS)
6 Italo Ferreira (BRA), Morgan Cibilic (AUS) e Mick Fanning (AUS)
7 Jeremy Flores (FRA), Peterson Crisanto (BRA) e Ethan Ewing (AUS)
8 Ryan Callinan (AUS), Michel Bourez (FRA) e Leo Fioravanti (ITA)
9 Owen Wright (AUS), Seth Moniz (HAV) e Matthew McGillivray (AUS)
10 Julian Wilson (AUS), Conner Coffin (EUA) e Miguel Pupo (BRA)
11 Jack Freestone (AUS), Wade Carmichael (AUS) e Deivid Silva (BRA)
12 Griffin Colapinto (EUA), Caio Ibelli (BRA) e Jack Robinson (AUS)